O Brasil é, em MUITA teoria, um estado laico, ou seja, o Estado e a religião andam em caminhos separados. O problema é que não foi isso o que eu vi na disputa eleitoral pelo cargo de presidência da república.
O Brasil como democracia é laico, sim. A Constituição te dá o direito de escolher qualquer religião para seguir, sua doutrina começa em sua casa e em sua comunidade onde a igreja tem o papel de levar a palavra de Deus e orientar seus fiéis a seguir o caminho da bondade para, assim, alcançar o céu, nirvana, 33 virgens, reencarnação e, bom, não importa o que vem depois, importa que o dever do Pastor, Ancião, Padre ou Pai de Santo é a orientação dentro da doutrina e seus dogmas.
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Onde está a luta? (Caras Pintadas) |
O Brasil como teocracia, pois é o que parece, mostra uma realidade diferente, onde a igreja resolveu interferir no Estado, onde deixou de doutrinar - que é sua função como religião - para se impor diante do povo e, assim, tomar partido nas decisões do Estado. A igreja deixou de ser a orientação religiosa para ser a orientação política, onde o Brasil sendo uma democracia, isso não deveria acontecer. O que vemos, então, são candidatos que tentam assumir um papel em cada uma das religiões - quase castas - tentando mostrar que um é melhor do que o outro por acreditar em Deus. Todos eles acreditam na mesma coisa e, mesmo que não acreditem, esse não é critério para julgamento. Não se pode julgar uma pessoa pelo que ela acredita e sim pelos seus atos - Dilma e Serra devem ser eleitos pelo que já fizeram e pelo que podem fazer e não poder serem ou não cristãos, pois a democracia passa a fundamentalista no momento em que religião e Estado se tornam apenas um.
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Onde está sua ideologia, Lula? (Diretas Já) |
Eu acredito em um país livre como nunca foi, onde as pessoas possam escolher não só sua religião, mas também seu voto com consciência, que acreditem na política e que possam votar sobre temas polêmicos, que decidam juntas o que é certo ou o que é errado ao invés de deixar na mão de poucos a quem damos o dever de decidir algumas coisas por nós e que no final estão ocupados em mudar nome de rua.
Um comentário:
issae guria, mandou bem =D
os termos "padre pedofilo", "inquisição" não deveriam existir se realmente a fé da pessoa ou de um grupo os definissem como bons, corretos ou justos.
A fé é uma muleta psicológica, e não status social. Quando se torna status, algo está muito errado.
Porém, infelizmente em países com menor índice de escolaridade (o analfabetismo funcional deste país é altíssimo), é mais fácil a manipulação, daí os políticos conseguem introduzir suas blasfemias na cabeça das pessoas.
Sad, but true . Hail Metallica \m/ \m/
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