sexta-feira, 15 de julho de 2011

Insônia

Não sei errar. Não na vida, que nessa eu já cometi erros suficientes para acordar todo dia, olhar o espelho e pensar "hoje você vai fazer tudo certo. Errei profissionalmente. Não, não foi tão grave assim, mas foi minha culpa, foi uma falha humana - pior, minha.

Sou do tipo que não consegue dormir quando erra. Pode ser uma coisa mínima, mas já me tira o sono por umas três noites e foi justamente o que aconteceu hoje. Aí fico na paranóia do "se" - e se eu tivesse feito isso e aquilo e aquilo outro - mesmo sabendo que, no tempo, é impossível voltar atrás.

Engraçado como um erro reflete até na minha escrita: palavras como "impossível" não deveriam fazer parte do meu vocabulário, assim como a quantidade de "nãos" em um só parágrafo.

Pior que depois da culpa, sempre vem a vontade de abraçar o mundo. A única coisa que eu sei é que eu maximizo meus problemas, tento achar soluções, coloco prós e contras numa lista imaginária e, mesmo assim, ainda não sei bem o que fazer para consertar o estrago. Apagar o incêndio é fácil, limpar e reconstruir os destroços é que demanda disciplina, aplicação e fuerza bruta.

A melhor parte é que eu nunca errei tão feio, tão crasso. Nunca me senti, também, tão burra a ponto de ter trocado datas... Enfim, já foi, não dá para chorar sobre o leite derramado, o que dá para fazer é pegar o pano, limpar e torcer para que a mancha saia.

Agora é a hora em que eu vou maximizar minha potência, meu melhor.

E isso, caros, prometo fazer com excelência.

Um comentário:

Maurilio disse...

O que eu mais gosto dos seus textos é o seu caráter humano, porém não piegas, escrita correta sem ser dura e volta por cima nos problemas sem ser clichê.

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