quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Não discuto religião, mas discuto política.

O Brasil é, em MUITA teoria, um estado laico, ou seja, o Estado e a religião andam em caminhos separados. O problema é que não foi isso o que eu vi na disputa eleitoral pelo cargo de presidência da república.

O Brasil como democracia é laico, sim. A Constituição te dá o direito de escolher qualquer religião para seguir, sua doutrina começa em sua casa e em sua comunidade onde a igreja tem o papel de levar a palavra de Deus e orientar seus fiéis a seguir o caminho da bondade para, assim, alcançar o céu, nirvana, 33 virgens, reencarnação e, bom, não importa o que vem depois, importa que o dever do Pastor, Ancião, Padre ou Pai de Santo é a orientação dentro da doutrina e seus dogmas.

Onde está a luta? (Caras Pintadas)
O Brasil como teocracia, pois é o que parece, mostra uma realidade diferente, onde a igreja resolveu interferir no Estado, onde deixou de doutrinar - que é sua função como religião - para se impor diante do povo e, assim, tomar partido nas decisões do Estado. A igreja deixou de ser a orientação religiosa para ser a orientação política, onde o Brasil sendo uma democracia, isso não deveria acontecer. O que vemos, então, são candidatos que tentam assumir um papel em cada uma das religiões - quase castas - tentando mostrar que um é melhor do que o outro por acreditar em Deus. Todos eles acreditam na mesma coisa e, mesmo que não acreditem, esse não é critério para julgamento. Não se pode julgar uma pessoa pelo que ela acredita e sim pelos seus atos - Dilma e Serra devem ser eleitos  pelo que já fizeram e pelo que podem fazer e não poder serem ou não cristãos, pois a democracia passa a fundamentalista no momento em que religião e Estado se tornam apenas um.

Onde está sua ideologia, Lula? (Diretas Já)
Eu acredito em um país livre como nunca foi, onde as pessoas possam escolher não só sua religião, mas também seu voto com consciência, que acreditem na política e que possam votar sobre temas polêmicos, que decidam juntas o que é certo ou o que é errado ao invés de deixar na mão de poucos a quem damos o dever de decidir algumas coisas por nós e que no final estão ocupados em mudar nome de rua.

Um comentário:

Ricardo Filho disse...

issae guria, mandou bem =D

os termos "padre pedofilo", "inquisição" não deveriam existir se realmente a fé da pessoa ou de um grupo os definissem como bons, corretos ou justos.

A fé é uma muleta psicológica, e não status social. Quando se torna status, algo está muito errado.

Porém, infelizmente em países com menor índice de escolaridade (o analfabetismo funcional deste país é altíssimo), é mais fácil a manipulação, daí os políticos conseguem introduzir suas blasfemias na cabeça das pessoas.

Sad, but true . Hail Metallica \m/ \m/

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